Consumidor brasileiro está disposto a pagar mais por marca sustentável e ecológica

Apesar de grande parte dos brasileiros relacionar o consumo à sustentabilidade, poucos aplicam este conceito na hora da compra. Isto é o que mostra a pesquisa "Sustentabilidade: Hoje ou Amanhã?", divulgada dia 04 de setembro, durante o II Fórum Ibope - Negócios Sustentáveis.

De acordo com os dados, enquanto 85% das pessoas entrevistadas disseram que vale a pena pagar mais caro por um produto que não agrida o meio ambiente, apenas 52% responderam só comprar de marcar sustentáveis, mesmo que desembolsem mais.

A pesquisa foi realizada com 1.000 homens e mulheres acima de 16 anos, das classes A, B e C, residentes nos maiores estados brasileiros, entre os dias 20 e 28 de julho.

Descarte
Os dados ainda mostram que 92% das pessoas acreditam que separar o lixo é obrigação da sociedade. Por outro lado, apenas 30% delas realmente separam o lixo para a reciclagem na própria casa.

Outros 85% têm consciência de que as pilhas e baterias de celulares são prejudiciais ao meio ambiente, mas 32% ainda jogam estes materiais junto com outros em sua residência.

"Tudo isso mostra que o consumidor conhece a informação, mas é preciso julgá-la para que entre em ação", disse Nelson Marangoni, CEO do Ibope Inteligência e responsável pela pesquisa.

Fonte: Flávia Furlan Nunes [InfoMoney] http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=797747&path=/suasfinancas/

The Body Shop: vanguarda verde em cosméticos

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Ontem Londres ficou um pouco mais cinza. Aos 64 anos Anita Roddick, fundadora da The Body Shop, sofreu um AVC. Mas seu nome ficou na história da indústria de cosméticos marcada pelo mote do “capitalismo consciente” da The Body Shop .

Uma das pioneiras na reciclagem - e dos famosos refis, hoje copiados por outras redes famosas - e no comércio de produtos “simples, éticos” e corretos do ponto de vista ambiental. As linhas são supervariadas, com make ups, fragâncias e artigos de cuidados com o corpo, unhas e cabelos. Quem gosta de estender o clima para a casa, velas e aromas completam a atmosfera.Anita Roddick

"Eu iniciei a The Body Shop simplesmente para criar uma subsistência para mim mesma e para minhas duas filhas enquanto meu marido, Gordon, estava cruzando as Américas", contava.

As matérias-primas escolhidas são sempre naturais e de fontes renováveis. As nozes brasileiras, por exemplo, foram uma descoberta após Anita visitar em 1989 Altamira, na Amazônia, enquanto tribos indígenas protestavam contra uma hidrelétrica. Pensando em como ajudar a preservar o meio ambiente e a cultura locais, ela desenvolveu uma parceria para coleta do produto de forma sustentável pelos nativos.

"Feito com paixão". Parece que o slogan da empresa foi seguido de corpo e alma pela fundadora, até o fim. A The Body Shop tem atualmente cerca de 2.000 lojas em mais de 50 países e foi comprada no ano passado pela L’Oreal por U$ 1,3 bilhão.

The Body Shop: www.thebodyshop.com

Vivavi: sinal verde para casas modernas

00:32 by Fernanda Vasconcelos Torres 1 comentários

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De preguiçoso Josh Dorfman não tem nada. Ainda que seu bestseller e programa de rádio lazy.jpgse chameThe Lazy Environmentalist (O Ambientalista Preguiçoso), Dorfman não pára nunca de criar.


Fundador da Vivavi, em 2003, e atual CEO, ele se auto-define como alguém preocupado com o meio ambiente de uma maneira diferente.


A Vivavi trabalha com móveis de design contemporâneo e ecologicamente corretos. Além dos cuidados com matéria-prima e processo de produção, utiliza energia eólica e é membro do 1% for the Planet (doando 1% de todas as suas vendas para organizações ambientalistas).


Seguindo o mantra "live modern + tread lightly™" (ou seja, levar uma vida moderna deixando nosso meio ambiente melhor do que nunca), a empresa de destaca por seu pioneirismo. Para assistir a uma palestra (em inglês) do moço para a equipe do Google, clique no vídeo abaixo. Não deixe de conferir o blog de Dorfman também.







Vivavi: www.vivavi.com  


The Lazy Environmentalist: www.lazyenvironmentalist.com

Equa: butique orgânica e ética

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Conjugar design, informação de moda com preocupação ambiental e responsabilidade ética não é nada fácil. A charmosa butique britânica na Camden Passage (Islington) é resultado de um novo olhar. "A revolução na ética da indústria fa moda recentemente tem contribuído para o crescente número de designers dedicados a produzir a partir de princípios de comércio justo, e com mínimo efeito no meio ambiente", explicam no site.

Nada de moda para massas. O convite é para uma experiência diferente, que valoriza o atendimento como ponto forte. A qualidade fica por conta do seleto grupo de marcas trabalhadas. "Do comércio justo de luxo e algodão orgânico vindo de cooperativas de países em desenvolvimento, até cânhamo orgânico inglês, a Equa oferece várias opções de roupa para mulheres que não desejam somente vestir-se bem mas comprar eticamente".mea02-aw06-1.jpg

Etiquetas como Edun, Beyond Skin (sapatos) e Matt&Nat (bolsas) dividem espaço com jóias da Nature Creations and People Tree. Para crianças, as coleções da Eternal Creation, Bishopston Trading, Hug e Organics for Kids.

O ambiente foi preparado para refletir o conceito da loja, ou seja, um ambiente correto e acolhedor. "Há uma mensagem subliminar no design de interior para encorajar o cliente a desafiar sua visão de mundo e refletir sobre a origem da roupa". Uma jornada fashion pessoal e intimista.

Equa: www.equaclothing.com

Benetton e Diesel: campanhas preocupadas com o aquecimento global

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Conhecida por seu histórico de propagandas polêmcias - fruto do ócio criativo de Oliviero 10.jpgToscani - a United Colors of Benetton publicou a edição n° 271 da Colors, revista conhecida por seu caráter provocador e críticas inteligentes. Para o lançamento, palestrinha com ninguém menos que o guru do clima, Al Gore.

Com muitas imagens referenciais, eles dão as boas-vindas à ilha de Vörland, na Suécia, no anos de 2057, onde o correspondente Karl Prinsson foi investigar como as mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável afetaram o lugar.11.jpg

Óbvio que tudo é uma brincadeira ácida do momento atual. Mesmo sendo num país nórdico, não há mais neve. O clima tropical se mistura a um novo estilo de vida, onde bombas de gasolina são peça de museu aberto e os habitantes usam somente produtos ecologicamente corretos e sustentáveis. Táxi-balão é o transporte rápido. Se quiser, aproveite as bikes e já pratique um exercício amigo.

Duas páginas da divertida revista são só com dicas sobre moda (clique nos quadradinhos acima para ampliar). A edição dessa vez escolheu o inglês, italiano e espanhol como idiomas.

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A badalada marca de jeanswear italiano Diesel apostou numa publicidade(que provavelmente você já notou em algumas revistas do ramo) provocativa com o slogan “Global Warming Ready”.

As peças estão sendo veiculadas desde janeiro deste ano (em jornais, revistas e outdoors), com imagens sugestivas como aves tropicais em plena Veneza, areias desérticas invadindo a Muralha da China, Paris tomada por coqueiros e bananeiras. O Cristo Redentor, o Mount Rushmore, Londres e Nova York embaixo d'água (clique na foto acima para ver).

Vencedora do Leão de Prata por mídia impressa no Cannes International Advertising Festival 2007, a campanha rendeu muitas críticas à Diesel, acusada por alguns de aproveitar o mote ambientalista para associar sua imagem à uma nova corrente de consumo consciente e sustentável.

Diesel: www.diesel.com

Colors: www.colorsmagazine.com

Diálogos Ambientais: Gabriel Moojen fala de consumo e sustentabilidade


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A série de programas 'O Mundo de Valentina mostrou' no Fantástico (TV Globo) a espera do jornalista Gabriel Moojen e 011123100.jpgda modelo Francielle Zanon pela baby Valentina por uma nova perspectiva. Além da ansiedade habitual pela chegada da mocinha, Gabriel questionou como será o planeta em que sua filhota viverá, com tantas mudanças ambientais e descuido humano.

O paizão agora compartilha com outros curiosos sua experiência em uma palestra que faz parte do projeto Diálogos Ambientais (um braço dos Diálogos Universitár01117811900.jpgios, iniciativa da Souza Cruz e universidades de todo o país).

Esse mês Gabriel falará sobre "CONSUMO CONSCIENTE - Do mundo de Valentina para o seu mundo!", para estudantes gaúchos de UNISC e UNIVATES. Uma maneira bacana de pensar nas gerações futuras.


Diálogos Ambientais: www.dialogosuniversitarios.com.br/pagina.php?id=1737


O Mundo de Valentina: www.mundodevalentina.globolog.com.br

Caio Von Vogt: (cons)ciência e moda de vanguarda

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Desafios fazem parte da vida de Caio Von Vogt. O paranaense se aventurou na selva de pedra de São Paulo em busca de seu sonho. O mundo da moda adotou o menino de 17 anos, que conquistou amigos e contatos. Seis anos de pesquisas múltiplas (tendências, tecidos e padronagens), descobriu a fibra de juta (fibra vegetal retirada da planta cultivada na região do Amazônia, também chamada de fibra liberiana) em 1998.

Aliou à moda sua paixão pela natureza e curiosidade. "Sempre fui de buscar novidades em todos os setores, tanto de acessórios quanto do próprio tecido. Fui muito de fuçar e fugir do padrão. Isso é uma característica minha", contou o estilista, em entrevista à Folha de SP.

Pesquisando, conheceu a Companhia Têxtil Castanhal, indústria responsável pela colheita e plantação da juta na cidade de Castanhal (PA). Nascia uma parceria duradoura. Vogt queria a confecção de tecido da fibra da juta. "Foi muito difícil levar este tipo de proposta para uma empresa que nunca trabalhou com moda. O senhor Oscar, proprietário da Têxtil, ficou impressionado com a ousadia em se fazer moda com aquela fibra. Assim começou uma parceria entre a Castanhal e eu", afirma.vogt.jpg

O tecido foi batizado de Ecovogt, sendo o primeiro 100% ecológico do mundo. O material pode ser utilizado em qualquer tipo de roupa ou acessório, desde confecção de camisetas, vestidos, calças até bolsas, cintos ou calçados. Em contato com a natureza a fibra se decompõe em dois anos, enquanto o algodão demora 10 anos e o poliéster um século.

E para tingir? Auxiliado por uma equipe de 22 profissionais - entre engenheiros têxteis, alunos e estagiários - o estilista pesquisou amaciantes e fixadores naturais e uma cartela de dez cores naturais extraídas de plantas como urucum, marcela, anileira, folha de mamona, açafrão, pau-brasil e outras. Os fixadores e amaciantes também são extraídos de plantas nativas brasileiras. "As pessoas nem imaginam que desses produtos saem amaciantes e fixadores naturais. O açaí, por exemplo, é nosso fixador de tinta no tecido". A cera de cupuaçu é usada para deixar a fibra macia.

Cerca de mil famílias da população ribeirinha trabalham exclusivamente no cultivo da planta. Há uma cultura envolvida já que a plantação costuma ser passada de pai para filho. A planta também apresenta certas peculiaridades - dispensa o uso de germicidas e é biodegradável.

50% da produção vai para o mercado europeu, que segundo ele demonstra maior consciência em relação a questões ambientais. São três gramaturas disponíveis (quanto mais grosso, mais barato). O metro do tecido varia de R$ 12 a R$ 18.

Caio Von Vogt + Ecovogt: www.caiovonvogt.com.br

Philip Kotler aconselha empresas a praticar a sustentabilidade

22:03 by Fernanda Vasconcelos Torres 0 comentários


No mês passado, o guru do marketing Philip Kotler esteve no país para participar do Fórum Mundial de Estratégia e Marketing realizado pela HSM.

O autor da bíblia do assunto respondeu sobre as inquietações do mercado brasileiro em entrevista exclusiva ao portal Mundo do Marketing.

Quando questionado a respeito das mudanças do marketing do futuro, a partir do ambiente super globalizado e dos problemas ambientais, destacou três fatores principais que as empresas devem construir em sua cultura. Entre eles a sustentabilidade.

"Praticar a sustentabilidade. Os consumidores julgarão, cada vez mais, as companhias por seu desempenho com respeito ao uso sábio e eficiente dos materiais e dos processos de produção. Os críticos atacarão aquelas companhias que são descuidadas sobre os desperdícios, os gases, os produtos químicos nocivos emitidos e assim por diante", profetiza.