Luxo consciente: “Madame, durma tranquila”

 


Cena do filme Diamante de Sangue: Cartier foi questionada sobre a origem de suas pedras.


No mundo todo, as grandes marcas de luxo sempre foram conhecidas por sua incrível e glamourosa capacidade de lançar tendências. Basta que um acessório, cor ou tecido seja apresentado com sucesso nas passarelas para a novidade ser copiada em pequenas oficinas do interior da China ou nas maiores redes de varejo de roupa dos Estados Unidos. A recente crise econômica que abateu boa parte da economia dos países desenvolvidos e o surto de comedimento gerado por ela, no entanto, inverteram esse processo. Agora, são justamente as grandes grifes que perseguem uma "moda": a da sustentabilidade. Mais do que sentir um repentino amor pelas florestas ou por comunidades de países devastados por guerras e pela miséria, essas companhias foram, digamos, sensibilizadas por uma lógica puramente econômica. Nos últimos dois anos, segundo dados da consultoria Bain & Company, o mercado de luxo sofreu retração de mais de 10% - uma conta de quase 25 bilhões de dólares.

A expectativa dos analistas é que as vendas só retornem aos níveis de 2008 em 2012. Para enfrentar esses tempos bicudos, as marcas de luxo encontraram no apelo ecológico e na postura politicamente correta a maneira mais eficiente de fazer com que o consumidor não se sinta tão culpado ao desembolsar uma pequena fortuna por uma bolsa ou um vestido. "O ‘verde’ tornou-se o novo ‘pretinho básico’ do setor de luxo", afirma Manfredi Ricca, diretor da consultoria Interbrand em Milão. Entre os jovens, esse apelo é ainda mais eficiente. Uma pesquisa feita pela consultoria Luxury Institute de Nova York com mais de 1 000 pessoas entre 18 e 25 anos de idade mostrou que quase 60% delas buscam informações sobre sustentabilidade antes de decidir a compra de um item de luxo - ante 40% da média dos americanos.

MUITO LUXO, POUCA CULPA
O que algumas marcas de prestígio estão fazendo para conquistar uma aura sustentável

EMPRESA: Cartier
O QUE FEZ:
Lidera um programa mundial de certificação na exploração de pedras preciosas. A ideia é que a exploração de ouro e o diamante de suas joias não seja feita em zonas de conflito nem utilize mão de obra infantil, sobretudo na África

EMPRESA: Tiffany
O QUE FEZ:
Deixou de empregar corais na fabricação de suas joias. Para alardear o feito, montou vitrines no mundo todo (inclusive no Brasil) com peças sintéticas, imitando corais verdadeiros

EMPRESA: Bentley
O QUE FEZ:
Lançou seu primeiro modelo com motor flex, o Continental Supersports, em outubro. Segundo a montadora, o carro emite 70% menos CO2 se considerada toda a cadeia do etanol, desde a produção até a queima do combustível

EMPRESA: PPR
O QUE FEZ:
Além de ser dona da grife Stella McCartney, que não utiliza couro nem peles naturais em suas peças, patrocinou um documentário de 1 hora e meia sobre a devastação do planeta. O filme foi exibido em mais de 100 países

EMPRESA: LVMH
O QUE FEZ:
Adquiriu 50% da grife de moda Edun. A marca, criada pelo cantor Bono Vox e sua mulher, nasceu com o propósito de ajudar no desenvolvimento de países pobres. Suas roupas são feitas com algodão de lavouras de Uganda, do Quênia e da Índia.

Para ler a matéria na íntegra clique aqui.

Fonte: Planeta Sustentável/Revista Exame

Seleção brasileira usará camisa feita de garrafa PET

18:20 by Fernanda Vasconcelos Torres 1 comentários


A seleção brasileira vai usar na Copa da África do Sul uma camisa de material reciclado. O novo uniforme foi apresentado nesta quinta-feira pela Nike, em Londres, e teve o jogador Alexandre Pato como modelo (na foto da direita).

Assim como a camisa azul, já anunciada, a amarela é feita com novo tecido Dri-Fit a partir de garrafas PET. São necessárias até oito garrafas para produzir uma camisa e, segundo a Nike, o processo de fabricação diminui em até 30% o consumo de energia se comparado ao uso de poliéster novo. Com essa nova tecnologia a peça fica 13% mais leve do que a usada na Copa de 2006.

A outras oito seleções patrocinadas pela empresa também usarão o mesmo tipo de camisa. Holanda, Portugal, Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Sérvia e Eslovênia tiveram os uniformes apresentados na mesma cerimônia.

 

Como ficou

O modelo amarelo da seleção possui uma  gola verde, inspirada na versão usada no tricampeonato de 1970. Há também listras verdes nos ombros, sendo que a da lateral esquerda contém cinco pequenas estrelas comemorativas aos títulos mundiais do Brasil. Ambas as listras são perfuradas para que a camisa fique mais leve para os jogadores.

Na parte posterior da gola está escrito ´Brasil´ e, na parte interior, ficam uma pequena bandeira nacional e a mensagem ´Nascido Para Jogar Futebol´. Dentro da camisa, na parte posterior do emblema da CBF há a mensagem de inspiração ´Com Muito Orgulho, Com Muito Amor´.

Os números únicos nas costas da camisa foram inspirados pelos numerais das notas da moeda brasileira e também são perfurados.

Os novos calções oficiais são no tradicional azul com uma listra branca em cada lateral. Na parte posterior da linha da cintura há cinco estrelas. As meias são brancas com uma fita verde e a palavra ´Brasil´ na lateral de cada panturrilha.

A camisa amarela da Seleção chega às lojas em duas versões, sendo uma idêntica a dos jogadores, ao preço sugerido de R$ 239,90, e uma réplica a R$ 199,90.



Fonte: eBand/Esporte | INFO Online

Trash art: reflexão e reciclagem

18:10 by Fernanda Vasconcelos Torres 1 comentários
Encontrei o site Babel das Artes no Twitter (@babeldasartes) por um RT. De cara encontrei essa matéria (abaixo) super bacana sobre Trash Art (repare no vestido!). Adorei!

Todos nós produzimos lixo. Tem gente que não está nem aí com o lixo, tem gente que não percebe o lixo, tem gente que consome lixo e tem aqueles que transformam lixo algo em outra coisa — concreta e visível para, quem sabe, propor uma reflexão sobre o consumo.

 Usar o lixo como arte já tem até nome: lixo-arte ou trash art. Robert Bradfort faz esculturas com sobras de brinquedos; um urso polar feito com sacolas plásticas; Veronika Richterová choca com sua lagosta feita com garrafas pets. Outro exemplo é a alta costura transgressora de Emma Kaywin, com seu vestido feito com preservativos vencidos que iriam para o aterro sanitário.

 Pode não agradar aos olhos, mas faz pensar. Ou pelo menos, deveria. Sim, refletir sobre o cotidiano também é arte.
Robert-Bradfort-trash-art Robert Bradfort faz pessoas e animais com brinquedos quebrados 

urso polar Eden Project, UK Escultura de urso polar,Eden Project near St Austell, Cornwall, UK. 

Trash-art-lagosta-pet Lagosta de Veronika Richterová 

Vestido-feito-de-camisinhas-vencidas Vestido de Emma Kaywin feito de preservativos vencidos 

Stenville faz parceria com USP para corante ecológico

18:02 by Fernanda Vasconcelos Torres 1 comentários

 


A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ/USP e a empresa Stenville Têxtil Ltda, localizada em Piracicaba, São Paulo, firmaram um convênio que tem como principal objetivo a pesquisa e o desenvolvimento laboratorial de matérias-primas florestais para aplicação têxtil. Está previsto também a construção de uma unidade de preparo dos corantes naturais com uma produção em escala piloto/industrial.
A pesquisa e o desenvolvimento ocorrerão em duas fases. Na primeira, será produzido um corante natural à base de extrato de folhas de Eucalyptus citriodora (imagem ao lado) e na segunda, serão estudadas diferentes fontes de matérias-primas para obtenção de corantes naturais vermelho, amarelo e azul. 
A pesquisa dos corantes será realizada inicialmente em escala laboratorial, visando avaliar o método de tingimento mais adequado, bem como as avaliações de solidez de cor à luz, lavagem, fricção e suor.  Depois de avaliados os parâmetros, iniciará a produção de tecidos tingidos em escala industrial.

Processo ecológico
O desenvolvimento em escala piloto/industrial para obtenção dos corantes naturais consiste na extração das matérias-primas em tanque específico. O extrato, por sua vez, será filtrado e concentrado para se obtenção do corante natural. Após esta etapa, o extrato concentrado poderá ser transformado em pó por meio de um spray drier (espécie de secador industrial).

As matérias-primas serão armazenadas em um galpão coberto, antes da extração. Em seguida, serão colocadas em tanque de extração, juntamente com o solvente, e aquecidas. O tanque de extração utilizado será revestido de aço inoxidável e sua capacidade girará em torno de 1000 litros. O extrato aquoso filtrado será levado para ser concentrado, em baixa ou alta temperatura, dependendo do corante. O produto deste processo será denominado corante concentrado.

A Stenville lançou ano passado uma linha de amaciantes naturais de aloe vera, jojoba, vitamina E e cera de abelha - ingredientes que garantem a maciez do tecido e a proteção da pele dos usuários, pois os componentes naturais são transferidos à pele durante as primeiras lavagens da roupa.

Fonte: Textilia / Stenville

Ecobuild 2010 leva design e construção eco-sustentável a Londres

00:21 by Fernanda Vasconcelos Torres 1 comentários


No próximo dia 04 de março de 2010 acontece em Londres o Ecobuild 2010, o maior evento mundial dedicado ao design e construção eco-sustentável.

Nesta sua quinta edição o evento atrairá cerca de 800 expositores e 30 mil visitantes, além de promover mais de 100 conferências e seminários e dezenas de atrações especiais.

O Ecobuild começou em 2004 como uma pequena conferência a respeito de "green building". Porém, imediatamente, cativou a atenção de arquitetos e designers pioneiros e atraiu também produtores de artigos inovadores relacionados à construção sustentável.

O entusiasmo foi tão grande que no ano seguinte, em 2005, se realizou o segundo evento - este já com as características de hoje. Em 2006, em conjunto com seu co-irmão, o Futurebuild, ele mais do que dobrou em tamanho e audiência – fato que vem se repetindo desde então.

Mais de 500 expositores e quase 26 mil visitantes participaram da edição de 2008, fazendo do Ecobuild & Futurebuild o maior evento dedicado ao design sustentável, a construção e arquitetura ecológica.

Os interessados em participar, entrem em contato com representante do evento no Brasil, Jesse Salgado (fone: +55 16 8820-3281 | e-mail: jesse_salgado@yahoo.com.br).

Ecobuild: www.ecobuild.co.uk





Empresa galesa faz casa com 18 toneladas de plástico reciclado


Uma empresa do País de Gales, na Grã-Bretanha, construiu uma casa com 18 toneladas de plástico reciclado.

A companhia Affresol desenvolveu uma tecnologia que transforma plástico e minerais em um material batizado de Thermo Poly Rock, que poderia revolucionar a indústria de construção.

O projeto, apoiado pelo governo galês e por organizações ambientais, já lançou uma linha de casas verdes e construções modulares portáteis de quatro toneladas.

O secretário da Economia do país de Gales, Ieuan Wyn Jones, disse que "o novo processo sustentável" tem muito potencial e pode gerar uma grande quantidade de empregos.

Patente

A empresa diz que o processo tem baixo consumo de energia e transforma plástico em um material durável e resistente.

As placas de Thermo Poly Rock formam as paredes de sustentação da casa, que pode ser coberta externamente com tijolos ou pedra, enquanto o interior pode ganhar uma camada de isolamento térmico e ficar com a mesma aparência de uma casa tradicional. As telhas também são feitas de material reciclado.

O diretor-gerente da Affresol, Ian McPherson, diz que o novo material é mais leve e resistente que concreto, é térmico, impermeável, não-inflamável e não apodrece.

A empresa estima que a vida útil das casas seja de cerca de 60 anos, mas diz que os elementos do Thermo Poly Rock podem ser novamente reciclados ao fim deste período.

"Todos os países do mundo têm problemas com lixo e agora temos a oportunidade de transformar este lixo em um recurso de construção de moradias 100% reciclável", diz McPherson.

Agora a empresa aguarda aprovação para construir 19 casas em Merthyr, no País de Gales, como parte de um projeto-piloto.

 Assista o vídeo aqui.

Fonte: BBC/G1