Claraboias e janelas não são mais as únicas maneiras de prover luz natural a um ambiente. Um exemplo dessa possibilidade é o invento da empresa sueca Parans, que criou uma forma de transmiti-la por até 20 m sem perda de intensidade - preservando, inclusive, as variações de cor causadas por nuvens ou pelo crepúsculo. "Coletores instalados no teto ou na fachada absorvem a luz, que segue por fibra óptica até luminárias especiais no interior do prédio", explica Bengt Steneb, inventor do produto. Segundo ele, os benefícios vão além da economia de energia elétrica (que pode chegar a 25%).
Eles incluem mais conforto para os usuários, já que o corpo humano reage melhor às frequências múltiplas da luz solar que à constância da artificial. O sistema conta com filtros infravermelhos e ultravioleta - assim, não esquenta o interior, não bronzeia as pessoas nem causa danos a tecidos e plásticos. "A complexidade da instalação é a mesma que uma antena parabólica requer", compara Bengt. A Parans tem diferentes modelos de luminárias, com luz focada ou difusa, que, como nas lâmpadas tradicionais, podem ser desligadas ao toque de um botão.
De onde veio
Antes da invenção da lâmpada elétrica, no final do século 19, eram usados prismas para refletir os raios solares e iluminar interiores. Essa é a inspiração do produto, que se vale da capacidade de transmissão de luz das fibras ópticas.
Para onde vai
O perfil sustentável conta a favor do sistema. Segundo a Parans, se fosse colocado em 1% dos edifícios americanos, europeus e chineses, ele tiraria por ano 20 milhões de toneladas de CO2 do ar (quase o dobro da emissão de São Paulo).
Fonte: Planeta Sustentável