A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ/USP e a empresa Stenville Têxtil Ltda, localizada em Piracicaba, São Paulo, firmaram um convênio que tem como principal objetivo a pesquisa e o desenvolvimento laboratorial de matérias-primas florestais para aplicação têxtil. Está previsto também a construção de uma unidade de preparo dos corantes naturais com uma produção em escala piloto/industrial.
A pesquisa e o desenvolvimento ocorrerão em duas fases. Na primeira, será produzido um corante natural à base de extrato de folhas de Eucalyptus citriodora (imagem ao lado) e na segunda, serão estudadas diferentes fontes de matérias-primas para obtenção de corantes naturais vermelho, amarelo e azul.
A pesquisa dos corantes será realizada inicialmente em escala laboratorial, visando avaliar o método de tingimento mais adequado, bem como as avaliações de solidez de cor à luz, lavagem, fricção e suor. Depois de avaliados os parâmetros, iniciará a produção de tecidos tingidos em escala industrial.
Processo ecológico
O desenvolvimento em escala piloto/industrial para obtenção dos corantes naturais consiste na extração das matérias-primas em tanque específico. O extrato, por sua vez, será filtrado e concentrado para se obtenção do corante natural. Após esta etapa, o extrato concentrado poderá ser transformado em pó por meio de um spray drier (espécie de secador industrial).
As matérias-primas serão armazenadas em um galpão coberto, antes da extração. Em seguida, serão colocadas em tanque de extração, juntamente com o solvente, e aquecidas. O tanque de extração utilizado será revestido de aço inoxidável e sua capacidade girará em torno de 1000 litros. O extrato aquoso filtrado será levado para ser concentrado, em baixa ou alta temperatura, dependendo do corante. O produto deste processo será denominado corante concentrado.
A Stenville lançou ano passado uma linha de amaciantes naturais de aloe vera, jojoba, vitamina E e cera de abelha - ingredientes que garantem a maciez do tecido e a proteção da pele dos usuários, pois os componentes naturais são transferidos à pele durante as primeiras lavagens da roupa.
Fonte: Textilia / Stenville
11 de maio de 2010 às 10:43
Gostaria de muito de obter informações sobre essa pesquisa, já que trabalho com o tingimento natural em algodão, lã e seda.
Me interessando muito por qualquer informação sobre o tema.
Atenciosamente,
Sheila.