Casas construídas com plástico reciclado



O uso de garrafas PET em tapetes, bases de pufes, luminárias e sistemas de aquecimento solar já é conhecido. Pois no segmento de materiais de construção, o tal polietieleno tereftalato também vem ganhando destaque. Em Manaus, o engenheiro eletrônico Luiz Antônio Pereira Formariz começou a investir na resina, tradicionalmente usadas em embalagens de refrigerante e água mineral, para fazer telhas. Assim, fundou a empresa Telhas Leve. O custo do metro quadrado do produto é de R$ 39, duas vezes mais alto que o da telha convencional de barro, que gira em torno de R$ 19. Mas, de acordo com Formariz, devido à sua leveza, o gasto com a estrutura do telhado custa R$ 15, um quarto do preço da tradicional, que é de R$ 70 em média.

As telhas de PET podem ainda ser encontradas em diferentes cores, como azul, amarela e vermelha. A marrom-cerâmica reproduz fielmente o tom das peças de barro. E a durabilidade do produto pode ser até cinco vezes maior. Além disso, Formariz destaca a importância que o produto traz ao meio ambiente.

“Hoje em dia, devido a popularização do consumo de refrigerantes embalados em garrafas de PET, a telha plástica tornou-se também uma grave ameaça ao meio ambiente, pois, após o consumo do conteúdo dessas garrafas, elas se transformam em lixo, causando poluições que afetam drasticamente o meio ambiente. Com a reciclagem do PET, existe a possibilidade de controlar esse problema, pois o material poderá ser transformado em outros produtos de grande utilidade e necessidades básicas para as pessoas”, explica o engenheiro.

A coleta das garrafas PET é feita por cooperativas e associações de catadores de lixo. A reciclagem do material, segundo o engenheiro, além de poder contribuir para uma possível fonte de renda para famílias pobres ou desempregadas, reduz os de custos de fabricação dos produtos. Por ser um material que depende apenas de coleta, reciclagem, e dos devidos tratamentos de preparação, o plástico implica num preço um pouco menor do que se fosse comprado novo.

PLÁSTICO RECICLADO PODE SUBSTITUIR O COMPENSADO EM ESTRUTURA DE EDIFÍCIOS 

O plástico reciclado também vem substituindo os compensados de madeira tradicionalmente utilizados na construção de edifícios como suporte para a confecção da laje plana (”tipo cogumelo”, feita de concreto e que não necessita de vigas).

A ideia é da Premag, do Ceará, que fabrica o chamado “plasterit” partir de garrafas PET recolhidas por cerca de mil catadores da região. Segundo o engenheiro Luiz Edmundo Pereira, sócio-diretor da empresa, o emprego do plasterit na estrutura dos prédios pode trazer uma economia de cerca de 15% no valor da estrutura do prédio, pois o compensado do material pode ser reutilizado várias vezes.

“Essa concepção estrutural, aliada ao uso das formas plásticas com material reciclado e de peças metálicas, reduz o gasto de madeira a praticamente zero, numa edificação. Além disso, o uso da plasterit na construção civil evita o desmatamento e ainda a queima de madeira, já que os compensados tradicionais têm pouca durabilidade e são, posteriormente, queimados”, afirma Pereira.

A Premag, que foi contemplada com o prêmio Top Imobiliário 2009 da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Niterói), na categoria Sustentabilidade ambiental, já ergueu seis edificações com essa tecnologia no estado. E há mais cinco em construção: duas em Niterói, duas em Rio das Ostras e uma em Macaé. Entre elas, a do Hospital Icaraí, na Marquês do Paraná, e o prédio residencial La Brisa, na Praia de Piratininga.

Fonte: Yahoo!

Moda ecologicamente chique destaca sustentabilidade e estilo

   

Modelos em roupas de fibra de alpaca, bambu e algodão e seda orgânicos desfilaram por uma passarela "eco-chique" para apoiar um chamado da ONU pelo uso sustentável dos recursos naturais. 

Quase 50 estilistas de alta-costura e prêt-à-porter de 40 países expuseram suas criações no desfile da noite de quinta-feira que inaugurou o Ano Internacional da Biodiversidade, no meio da temporada de moda outono/inverno que está em curso em Milão, Paris, Londres e Nova York.

"Escolhemos entre os melhores do mundo, o melhor do design de moda, o melhor da ética e o melhor das práticas sustentáveis", disse ao público em Genebra a organizadora Christina Dean, da entidade beneficente Green2greener, de Hong Kong.

O estilista dinamarquês Peter Ingwersen, cuja grife "Noir" usa tecidos de algodão orgânico de Uganda, disse que os consumidores se preocupam cada vez mais com o impacto ambiental e social de suas compras no varejo.

"Dez anos atrás, bastava comprar a bolsa da moda mais recente. Hoje em dia, não basta isso - você também quer saber como a bolsa foi produzida", disse. "Essa é a maior mudança vista em nosso setor desde que as bainhas desceram para baixo dos joelhos."

Seu vestido preto 100 por cento orgânico, feito de algodão cultivado sem pesticidas, disputou espaço com itens doados por estilistas famosos como o tailandês Thakoon Panichgul, a nova-iorquina Diane Von Furstenberg e o indiano Manish Arora.

O desfile também teve um vestido curto preto e branco de seda da Edun, a nova empresa de moda ecológica e ética fundada pelo cantor e militante irlandês Bono, e um longo de seda e cânhamo com flores cor-de-rosa do brasileiro Alexandre Herchcovitch.

O QUE VESTIR?

Os consumidores vêm se conscientizando cada vez mais com relação às mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e as más condições de trabalho no setor têxtil, especialmente na Ásia.

Alguns processos convencionais como a limpeza de lã, o curtimento e descoramento de couros e o tingimento e estampamento de tecidos consomem grandes quantidades de água, energia ou substâncias químicas tóxicas, além de emitir efluentes.

Lucas Assunção, da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), disse que a indústria da moda vem respondendo à demanda por moda ecologicamente sustentável e fibras naturais que sejam belas.

Hoje a moda ecológica atrai entre 150 milhões e 200 milhões de dólares em vendas por ano, "uma parcela cada vez mais importante do mercado", disse ele em briefing à imprensa.

A estilista britânica Sarah Ratty, da Ciel, usa tecidos feitos de fibras naturais ou produzidos de maneira ambientalmente correta, muitos dos quais ainda não chegaram ao conhecimento da maioria dos consumidores.

"Quando pensam em moda verde, muitas pessoas pensam apenas em algodão orgânico. Mas há muitas outras fibras que podemos usar, como sedas de cânhamo, um tecido muito verde que devolve nitrogênio ao solo", disse Sarah.

O estilista cameronês de alta-costura ecológica Anggy Haif trabalha há dez anos com fibras naturais que incluem ráfia, casca de árvores e sementes colhidas na floresta.

"Comecei porque vi que, em meu país, os têxteis modernos tinham tomado o lugar dos tradicionais, que estavam desaparecendo. A ideia foi revigorar o artesanato tradicional local", contou. "Hoje o mercado está ótimo em meu país e está se espalhando na África."

Mas o estilista dinamarquês Ingwersen disse que a moda verde pode perder força se os consumidores não encontrarem roupas que tiverem vontade de vestir.

"Se não inspirarmos outros estilistas, o usuário final e a mídia da moda, esta tendência vai morrer dentro de dois ou três anos e não terá passado de um modismo passageiro", disse.

Fonte: Yahoo!/Reuters

Valdemar Iódice leva sustentabilidade às passarelas na SPFW

Valdemar Iódice vai mostrar nas passarelas do SPFW um pouco de suas pesquisas de materiais sustentáveis feitas em visitas à região Amazônica.

Jarina, um tipo de marfim natural, couro de jacaré e pirarucu, estampas de pássaros e plantas da região estão nas roupas da coleção batizada de Amazonas.

O estilista tem apoiado o trabalho de centros de desenvolvimento sustentável na região e vai levar os materiais também para Nova York, onde apresenta coleções há cinco temporadas.

Depois do desfile na semana de moda paulistana, que acontece no dia 19 no shopping Iguatemi, Valdemar lança coleção inverno 2010 na cidade americana no dia 10 de fevereiro, véspera da Mercedes-Benz Fashion Week.

Fonte: Terra

Ecologia e espiritualismo são inspiração para Outono/Inverno 2010


O ano de 2010 começou sob o efeito da decepção pela falta de acordo na Cop15, conferência das Nações Unidas sobre clima, realizada em dezembro, na Dinamarca, ao apagar das luzes de 2009. Apesar do grande palco político e midiático, o encontro mundial, que reuniu representantes de 192 nações, não trouxe avanços no que se refere ao comprometimento dos países para conter o aquecimento global. Por conta da degradação da natureza, aliada aos fenômenos naturais, tragédias provocadas por chuvas, enchentes e nevascas vêm se sucedendo em todos continentes, trazendo morte, destruição e prejuízos.

Mas, o que o mundo da moda tem a ver com isto? Tudo, afinal, moda não é só consumismo supérfluo, é também cultura e comportamento que influenciam, diretamente, o estilo de vida e a relação das pessoas como o meio onde vivem.  Nestes tempos de questionamentos e reflexões, o principal desafio dos birôs internacionais – que apontam direções para novos produtos -, é sensibilizar para questões que vão além do glamour e do luxo.

Novo paradigma
A Promostyl, agência de pesquisas de tendências globais, com sede em Paris e representada no Brasil por Arena Bureaux de Estilo, destaca que o espírito principal da estação é a necessidade de acreditar “em algo sublime”; por isso, a Espiritualidade é o que norteia as influências que são apresentadas em quatro temas, Confira:

  • Exo-Tech/Eco-tech – tecnologia e ética - A reconciliação dos dois lados do cérebro para inventar um mundo mais justo e sustentável. A nova consciência ecológica traz também uma nova visão de mundo, da criação, produção e distribuição. A ética caminha junto com a estética, a ciência e a criação. São utopistas pragmáticos que usam a tecnologia para criar um mundo mais sustentável, solidário e digno. Fontes de energia renovável, arquitetura ética, bem-estar urbano com plantas fazendo parte do cenário, trazer para a cidade um pouco das florestas, fusão do natural com o artificial, futurismo nômade. Materiais reciclados, seda emborrachada, plástico biodegradável, estampas de animais e plantas. É um tema otimista, tecnológico e ético, que acredita que o amanhã será um dia melhor e mais bonito, que o mundo será generoso e eco-friendly.



  • Perspective/Autonomia – terrestre e radical - Tema mais conceitual. Apresenta a reconciliação, de forma inesperada e radical, do low tech com o high  tech, do intelectual com o funcional.

    Vivemos em uma era de absoluta convergência. Produtos “2 em 1” inusitados e que, muitas vezes, podem ter até mais utilidades.

    O comércio via web revolucionou o relacionamento entre consumidores e marcas e as lojas físicas estão se reinventando e injetando doses afetivas no atendimento a este novo cliente, que deseja produtos inteligentes e personalizados.

    Minimalismo, low profile, design retrô, noção de que “menos é melhor”, proximidade, a arquitetura inserida na paisagem, a cidade como o playground dos artistas, interatividade, materiais recicláveis e de baixo custo - como feltro, plástico, papel machê -, cartolinas, vidro fumé, alumínio, produtos inspirados no dia-a-dia industrial - como clips que podem se transformar em colares. Futurismo, neon. Um convite para repensarmos a noção de equilíbrio.



  • Heritage/Distinção – espiritual e tradicional - É um resgate de valores antigos, a arte do bem viver, o senso estético - que é austero e chique, meticuloso e valoriza demasiadamente os detalhes -, a elegância, o altruísmo, o rigor e o perfeccionismo. Traz de volta o conceito de clubes, de pequenos grupos, coleções de séries limitadas comercializadas em pontos-de-venda exclusivos. Alfaiataria no streetwear, artesanato com tecnologia, o “rurbanism” – rural + urbanismo - cidades menores como novos grandes destinos turísticos, um elogio à simplicidade rústica trabalhada com materiais de qualidade. Sobriedade em justaposição com o espírito gótico das catedrais, objetos devocionais em 3D, cristais, rosários modernos, correntes, a arte dos ourives que trabalham com ouro e prata e a arte dos relojoeiros são valorizadas como a hand made com precisão e rigor.

  • Oracle/Estimulação – esoterismo em todas as suas formas - Para trazer um pouco mais de magia para o cotidiano. Mitologia, artes divinatórias, tarot, sonho secreto de transformar a vida real em contos de fadas. Neoorientalismo, poesia, estampas que parecem desenhos infantis, tecidos adamascados, jacquards, bordados, metais, madeira, peles, estampas de animais de florestas, um clima de outono nas florestas, surrealismo, românticos excêntricos.


 

Fonte: Textilia

Pact:moda íntima sustentável, colorida e divertida


Com o objetivo de produzir moda íntima sustentável, mas que também fosse estilosa, Jason Kibbey e Jeff Denby criaram a Pact, nos Estados Unidos.

A preocupação dos sócios se voltou para o design das peças, que são feitas em cores e estampas chamativas, e para as embalagens com apelo ecológico. "Antes da Pact, o que havia em underwear sustentável era terrível, com tecidos e embalagens ruins. Tanto que esses produtos não tinham `credibilidade verde´. Inovação e design estavam faltando", explica Kibbey.

Azul, vermelho, cinza, roxo e laranja são as principais cores utilizadas pela grife, tanto em calcinhas quanto em cuecas. As modelagens são variadas e vão desde as peças mais amplas e confortáveis, até as menores.

Parte do lucro vai para ONGs que trabalham em prol do ambiente. Cada uma dessas organizações recebe uma estampa diferente, desenhada por um designer específico.

Além disso, a marca também tem como prioridade encontrar fornecedores que estejam voltados para a produção de baixo impacto na natureza.

Fonte: UseFashion

Consumo consciente na moda também significa economia no bolso

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010 19:14 by Fernanda Vasconcelos Torres 1 comentários


A busca pelo consumo consciente está literalmente na moda e, hoje, já é possível se vestir bem e ser ecologicamente correto ao mesmo tempo e, o melhor, sem gastar muito.

Segundo a consultora de moda e professora da Faculdade Santa Marcelina em São Paulo, Andréia Miron, as compras em brechós ou as reuniões entre amigos para a troca de roupas (em inglês, swishing), além de serem alternativas baratas representam também uma forma de reunir amigos e descontrair.

"Hoje está muito em alta o uso do vintage, que é o uso de peças de outras épocas. Além disso, neste tipo de compra, a pessoa pode comprar uma roupa de marca com preço até 70% menor".

Outras opções
Outra ideia é adotar o hábito da customização. Em outras palavras, colocar a criatividade em ação e dar cara nova às peças que há muito estão no guarda-roupa.

"Além de colaborar com a natureza e com o bolso, a pessoa ainda garante exclusividade", diz Andréia.

Já quem quer ser ecologicamente correto na hora de se vestir, mas não abre mão de comprar coisas novas, deve começar a observar a procedência e os materiais usados na fabricação de roupas e acessórios.

"Ao comprar uma roupa nova, a pessoa deve observar a procedência, pesquisar e evitar ao máximo os materiais sintéticos, optando pelas fibras naturais, além de abolir o uso de peles".

Garantindo boas aquisições
Independentemente da forma que você escolher para renovar o guarda-roupa, para não se perder em meio a tanta oferta e garantir boas compras - você precisa tomar alguns cuidados.

Em primeiro lugar, tenha certeza de que realmente vai usar o produto que está levando. Mesmo podendo abusar um pouco da criatividade na hora da escolha, levando uma peça que provavelmente não encontrará em uma loja tradicional, você deve avaliar primeiro qual é o seu estilo. Não adianta, por exemplo, adquirir um vestido super colorido anos 60 e depois não ter coragem de usá-lo, deixando-o jogado em um canto do armário.

Em caso de dúvida, vale a recomendação básica de consultores de moda: leve peças clássicas, como terninhos em cores sóbrias ou conjuntos de tailleurs e saias, que estão sempre imunes a modismos e tendências passageiras.

Além disso, procure experimentar tudo o que quiser comprar, já que geralmente, em brechós, por exemplo, as trocas não são permitidas.

Fonte: Yahoo!