Eco Trends & Tips

 

O arquiteto e designer Carlos Motta também é um surfista e pescador apaixonado. Do mar veio toda a inspiração para iniciar seus trabalhos com marcenaria, a partir de matéria-prima trazida pelo oceano.

Essa conexão com uma vida simples e próxima da natureza é notável em suas criações para mobiliário e projetos arquitetônicos. "Faço projetos de mobiliário brasileiro atual, muito honesto, sem pretensões a vanguarda", definiu em entrevista ao Itamaraty.

Além de troncos e madeira de redescobrimento (retirada de barcos e canoas antigas), madeiras maciças certificadas como amendoim, mogno, cedro e cabriúva são materiais comuns ao designer. Influências brasileiras, escandinavas e norte-americanas que valorizam a simplicidade impulsionam Motta.

Sustentabilidade e responsabilidade social fazem parte das preocupações do arquiteto. "Já que o meu produto é caro e eu vendo para pessoas com grana, tento fazer com que o rico que está numa ponta transfira uma parte da grana para a outra ponta, onde está o marceneiro. E eu estou no meio dessa história. Organizando, fazendo design", conta em seu livro.

Tanta critividade e talento recebe o merecido reconhecimento, tanto em âmbito nacional quanto internacional. A cadeira São Paulo (foto ao lado), por exemplo, de 1982, conquistou o primeiro lugar no 2º Prêmio Museu da Casa Brasileira e consagrou-se como um clássico para decoradores bem informados. Sua técnica construtiva hoje é aplicada a uma linha inteira de mobiliário, produzido em escala, em forma semi-industrial.

Sempre presente em exposições no exterior, sua última passagem foi pelo London Design Festival 2007, representando o Design Brasileiro com peças como as cadeiras São Paulo e Guaiúba, e as poltronas Sabre e Poltrona Astúrias.

Aos admiradores e profissionais que admiram criações com consciência ecológica e sustentável, os produtos podem ser encontrados no atelier de Carlos Motta, ou em diversas lojas especializadas em peças assinadas. No exterior, o designer exporta para Estados Unidos (NY e LA), Holanda e França.

Carlos Motta: www.carlosmotta.com.br

Há 6 anos, o Design na Brasa é um evento cultural de design que rola na cidade de São Paulo. "Nossa proposta vai além da divugação das inúmeras vertentes do design, afinal design é a ferramenta que agrega valor. Somos formadores de opinião e ditamos tendências", explicam os organizadores no site.

Este ano, o tema escolhido foi o design sustentável. "Buscamos a consciência social e ambiental como forma de reciclar nossa maneira de interagir com o mundo. Todo ano trazemos um tema especial para as discussões, agora é a vez do Aquecimento Global. Quais as causas, consequências e principalmente o que podemos fazer para amenizar seus efeitos. Rever nossos conceitos sobre pensar, desenvolver, produzir, utilizar e descartar o que produzimos", completam.

O encontro acontecerá dias 27 e 28 de outubro. Uma série de palestras e oficinas contemplarão assuntos multidisciplinares. Há espaço para expositores de trabalhos e e interessados em participar da Feirinha DB (ou em vender seus produtos pelo site).  Depois do eventos, alguns materiais estarão disponíveis online.

Quem quiser literalmente vestir a camiseta, uma t-shirt com estampa do planeta Terra derretendo (na foto, R$ 15) é super apelativa para conscientizar enquanto caminha pelas selvas urbanas. A inscrição para os dois dias sai por R$ 30. O valor de cada Oficina é R$ 20. Confira a programação no site.

Design na Brasa: www.designnabrasa.com.br

O Eco Trends & Tips está participando hoje do Blog Action Day, que já havia comentado aqui. A proposta é que cada blogueiro poste alguma informação que ajude a conscientizar o público e alertar para as transformações que estão acontecendo.

Há algum tempo li e achei super legal as listinhas top ten do portal Tree Hugger. Como este blog-site fala, principalmente, de moda e comportamento, selecionei uma lista com dez passos para deixar seu guarda-roupa verde (que resumi e adaptei abaixo).

São dicas bem simples mas que podem fazer uma grande diferença. Ser um consumidor consciente está bem mais próximo da realidade do que cogita nossa filosofia. Portanto, aproveite as idéias e coloque em prática. E, se tiver um blog, não deixe de falar sobre o assunto.

Como Deixar seu Guarda-roupa Verde

1. Planeje antes de comprar
Abandone as compras por impulso. Pode ser uma maneira de pensar também em você, analisando bem se aquela roupa ou acessório servem para você ou é só uma vontade passageira. Caso contrário, além de gastar dinheiro, você perderá espaço no armário.

2. Ame suas roupas
Cuide-as com carinho. Evite usar roupas de festa, trabalho ou qualquer outra peça que pretende usar para sair. 'Acidentes' domésticos provocam pequenos desastres como manchas ou tecidos queimados. Se cair um botão ou tiver que ajustar um pouco, procure uma costureira e veja se há como reparar. Para os mais empolgados, é uma boa hora para aprender a lidar com linhas e agulhas.

3. Evite lavagem a seco
Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena. Procure lavanderias que trabalhem com "wet cleaning" ou CO2 líquido.  Muitas peças que antes eram lavadas a seco já podem ser lavadas a mão, especialmente as de seda, lã e linho. Fique de olho nas etiquetas. Se você prefere recortar, cole em um pequeno caderno ou guarde em uma caixinha para conferir as orientações quando precisar.

4. Compre peças antigas ou usadas
Use a criatividade e tenha um estilo próprio. Busque em bazares, feirinhas, brechós, clothing swaps entre amigas. Vale tudo. Se tiver roupas 'herdadas' que possam ser interessantes, aposte. Acessórios antigos sempre fazem a festa. Tenha cuidado para ver se tudo está ok. Peças antigas ou usadas podem estar danificada pelo tempo ou pelo uso. Dependendo, uma reforma resolve. Ainda sobre espaço para uma boa customizada.

5. Lave bem
Tenha cuidado para não disperdiçar energia. Junte bastante roupa antes de lavar, para economizar na água, luz e sabão. Procure usar a temperatura mais baixa possível. Opte por alternativas naturais na remoção de manchas nos tecidos e produtos que sejam livre de fosfato e biodegradáveis. Se estiver procurando por uma lavadora nova, verifique se possui selo de economia energética (Energy Star label, nos EUA, e, no Brasil, do Inmetro). A mesma dica vale para os ferros elétricos.

6. Vista orgânicos
Os tecidos orgânicos chegaram para ficar. Desde o algodão até a seda, certifique-se de que possui selo de autenticação (que identifica se a produção realmente é feita sem agrotóxicos). Informe-se sobre os métodos de tingimento e a origem das matérias-primas. A escolha pelos orgânicos é benéfica não só para o consumidor como para o meio-ambiente, evitando uma produção gigantesca de resíduos altamente nocivos.

7.  Encontre uma nova utilidade
Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo a sua volta e aproveite o que já existe para reinventar. A proposta está sendo cada vez mais abraçada por estilistas internacionais - chegando a ser desafio até mesmo para o pessoal do Project Runaway. Observe aquelas roupas e acessórios antigos e descubra potenciais fashion adormecidos. Caso não agrade a idéia, reúna o que não precisa mais e leve a entidades carentes. Se nós não encontramos novidade, outros encontrarão.

8. Investigue as origens
Nesse boom de novos tecidos, desconfie do mote ecológico. Como tudo na vida, o que aparentemente poderia ser a solução, pode ser um problema. Fibras de bamboo são fontes fantasticamente renováveis - mas tornam-se um perigo se suas plantações tomarem espaço de florestas. A mesma coisa acontece com a soja e o milho, além de outros tecidos mais elaborados como o Tencel (de origem vegetal). Mantenha-se informado e faça escolhas conscientes.

9. Escolha roupas éticas
Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação. Procure saber onde ficam as fábricas das empresas que você compra. Muitas multinacionais utilizam abordagens de mercado que incluem maximizar o lucro e deixar de lado preocupações humanitárias, como a luta pelo fim da exploração de mão-de-obra infantil e escravidão (problemas comuns em países latinos, asiáticos e africanos).

10. Não desperdice
Não é porque aquele vestido não está na próxima tendência que ele merece ir pro lixo. Se for algo que de-jeito-nenhum-você-usará-novamente, venda, troque, doe. Há muita gente no mundo precisando de ajuda. Fique informado sobre ONGs e entidades que prestam auxílio a pessoas necessitadas. Colabore com movimentos de apoio a vítimas de catástrofes climáticas (como enchentes e tempestades). É uma maneira de amenizar as conseqüências do aquecimento global e motivar uma mudança.

A Espanha foi berço da em2 Design, formada pela dupla de eco-designers Mariana Betting e Roberto Hercowitz. Ambos cursavam pós-graduação em Design de Móveis e Interiores pelo IED – Instituto Europeo de Design, em Barcelona (Espanha), quando criaram a espreguiçadeira Hamaca (foto acima), finalista da 20ª edição do Prêmio de Design do Museu da Casa Brasileira.

 Sempre desenvolvendo projetos de mobiliário e objetos de decoração utilitários, a em2 valoriza não só a estética (com traços de raiz brasileira) mas também a qualidade e os princípios sustentáveis e de redução do impacto ambiental.

"Observamos uma busca crescente por peças retrôs, customizadas ou que provoquem uma interação direta com o usuário. Particularmente, gostamos muito do desenho contemporâneo

Hoje, os produtos podem ser encontrados em nove estados brasileiros e na Espanha. E os convites na Europa não páram. Este anos os suecos puderam conferir um pouco desse trabalho na Casa Cor 2007.

 em2 Design: www.em2design.com.br

 Após ganhar o Emmy e o Oscar com o documentário 'Uma Verdade Inconveniente', agora o ex-vice-presidente americano Al Gore levou o Prêmio Nobel da Paz deste ano.

Trabalhando como ativista ambiental, Albert Arnold (Al) Gore Jr. e o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) receberam o prêmio pela luta na preservação do meio ambiente e a divulgação do conhecimento sobre as mudanças climáticas e seus efeitos no planeta. Eles dividirão o prêmio de US$ 1,5 milhão - cerca de R$ 3 milhões.

"Estou profundamente honrado de receber o Prêmio Nobel da Paz. Este prêmio é muito mais significativo porque tenho a honra de compartilhá-lo com o IPCC", disse Gore em um comunicado.

O democrata declarou que vai doar o dinheiro do prêmio a uma instituição que faz campanhas de conscientização em defesa do meio ambiente, a Aliança para a Proteção Climática.

A cerimônia de entrega acontecerá em Oslo, dia 10 de Dezembro, data do aniversário da morte do fundador do prêmio, o filantropo sueco Alfred Nobel.

Fonte: Portal G1

Entre mármore e templos, Atenas (Grécia) ganha uma visão - nada clássica - de arte. O artista Nikos Floros apresenta sua exposição Opera Sculptured Costumes, até o dia 19 deste mês (no National Bank of Greece’s Melas Mansion), roupas feitas com materiais recicláveis.

Um lindo corpete carmim (super Coke) e uma bota de salto alto são algumas das peças da mostra. Inspirado nas personagens interpretadas pela cantora lírica Maria Callas (clássicos como La Traviata, Madame Butterfly ou O Barbeiro de Sevilha), vestidos de gala volumosos e scarpins chiquérrimos. Vendo as fotos dá para imaginar a trabalheira toda. Foram cinco anos juntando mais de 200 mil latas de alumínio de refrigerantes e cervejas para, depois, criar em dois meses e meio esse fantástico mundo de metal, arte e moda.

Fonte: Reuters

 Desde 2004, a DesignErê trabalha design e arquitetura sustentável. Incubada no Hotel Tecnológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR (antigo CEFET-PR), com sede em Curitiba, a empresa oferece projetos inovadores utilizando critérios de sustentabilidade e eficiência, mesclando fatores sociais, econômicos e ambientais.

Reduzir gastos com insumos energéticos, utilizar materiais e tecnologias eco-eficientes, implantar a gestão adequada de resíduos priorizando o re-uso e a reciclagem, fomentar a interação comunidade-empresa com foco na inclusão social, promover a educação ecológica, desenvolver Tecnologia Assistiva (acessibilidade a portadores de necessidades especiais) são alguns dos cuidados observados na realização dos trabalhos.

A equipe é composta pelo designer e doutor em Engenharia de Recursos Minerais e Meio Ambiente Eloy Fassi Casagrande Jr., pela designer e doutora em Ecologia da Paisagem Natural e Sistemas de Informação Geográfica Libia Patricia Peralta Agudelo, e pela arquiteta, urbanista e mestre em Meio Ambiente e Arquitetura Bioclimática Camila Kowalski.

DesignErê: www.designere.com.br

Ficou lindo o ensaio que a atriz Alinne Moraes fez no Aterro Sanitário de Gramacho, no Rio de Janeiro, para a revista Quem. A bela foi fotografada por Claudio Carpi vestindo roupas de grifes e estilistas de apelo ecológico como Luiz Claudio Silva, Osklen e Jum Nakao.

"Precisamos acordar e nos reeducar. Devemos nos treinar para novas atitudes, como economizar água e energia, separar o lixo, abolir sacos plásticos e descartáveis. Na minha casa, tem lixo em vários lugares: na porta da cozinha para papel, perto do fogão para comida, ao lado da pia para vidro e um central da cozinha para plástico. É uma consciência nova, você tem que se 'adestrar' mesmo. Também existe a questão do desperdício de água. No banho, me molho, fecho a torneira, me ensabôo e abro novamente. E tem a loucura de sair desligando as luzes da casa de amigos, quando todos decidem sair e esquecem! É engraçado", conta a modelo.

Revista Quem: http://revistaquem.globo.com/Quem/0,6993,EQG0-6129,00.html (+ Fotos)

Anne Linnonmaa Oy formou-se na University of Art and Design de Helsinki, em1977. Trabalhou como designer em várias empresas finalandesas até que, em 1991, criou seu próprio negócio.

A etiqueta leva seu próprio nome e trabalha roupas eco-friendly, produzidas com algodão ecológico peruano. Em 2005, a companhia faturou 2,3 milhões de euros, e segue crescendo gradualmente. As exportações são responsáveis por 20 % das entradas, sendo a Alemanha o maior mercado importador, ao lado da Suíça, Áustria, Holanda e Rússia. Entrando no mapa fashion de Linnonmaa, o Japão.

A premiada estilista recebeu o selo Community Eco-Label em maio de 2004. As peças elegantes traduzem o espírito comedido e refletem a atmosfera nórdica, em tons sóbrios e cortes aristocráticos. Puro luxo!

Anne Linnonmaa: http://www.annelinnonmaa.fi/

 

O Ecoshoes é um projeto desenvolvido para a implementação de tecnologia e inovações no APL (Arranjo Produtivo Local) de Novo Hamburgo, mais especificamente nos arredores da cidade de Três Coroas, um terreno fértil para o fortalecimento geográfico da referência ecológica, utilizando-se a Indicação Geográfica como ferramenta competitiva para o setor calçadista.

Três Coroas é uma cidade de cerca de 20.000 habitantes localizada junto a Rodovia RS-115, entre o Vale do Paranhana e a Serra Gaúcha, distante 92 km de Porto Alegre. Sua economia é baseada na indústria calçadista e sua colonização é de maioria alemã. A cidade é banhada pelo Rio Paranhana e cercada por montanhas, muitas ainda com mata nativa preservada. Por este motivo, a cidade também é conhecida por "Cidade Verde". A particularidade que torna a cidade e seus entornos relevante é sua característica de Indicação Geográfica, na condição de referência na responsabilidade ambiental e consciência ecológica, liderada pela indústria calçadista.

O Projeto tem por objetivo desenvolver um calçado com componentes ecologicamente corretos, dentro de um ambiente que favoreça esta proposta, no caso a cidade de Três Coroas/RS, pertencente ao APL do Vale dos Sinos. Com a premissa de oferecer ao mercado alternativas em reaproveitamento de resíduos e novos materiais com base na biodiversidade do nosso país, o calçado ecológico visa introduzir ao setor coureiro-calçadista uma nova alameda de mercado focando na conquista do cliente através do apelo ao ecomarketing.

O EcoShoes - Calçado Verde com Componentes Ecológicos será realizado em 24 meses, em parceria com a PUC-RS, com recursos do FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Além da inovação através da pesquisa e da interação com micro e pequenas empresas, a proposta busca também a identificação com a região de origem.

“No município, que tem vocação calçadista expressiva, há iniciativas pioneiras de triagem e reciclagem de lixo industrial. Três Coroas também conta com uma das maiores reservas de Mata Atlântica do Rio Grande do Sul e pratica o turismo ecológico, ou seja, tem todas as condições de tornar-se uma referência ecológica para o setor coureiro-calçadista mundial”, enfatiza o Vice-presidente de Tecnologia da Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos), William Nicolau.

O investimento conjunto da FINEP e empresas no projeto é de R$ 538 mil. Participam do EcoShoes as indústrias de componentes Termotextil, Pollytex, Dublauto Gaúcha, Injetados Paranhana, Comlasa, Romana Indústria Química, BS Indústria de Botões, Flexifibra e Evatec, além da Novo Ciclo Ind. e Com. de Resíduo Industrial.

Fonte: Assintecal www.assintecal.org.br