Pó de café, bagaço de cana, garrafas Pet, fibra de bananeira, cápsulas de café Nespresso usadas. Todos esses produtos têm um fim certo na casa de muita gente: o lixo. Pois para alguns designers que estão no Rio-à-Porter, feira de negócios que acontece junto com o Fashion Rio, transformam esses materiais em objetos de design, como colares e bolsas.
A marca Zóia, do Rio de Janeiro, especializada em produzir acessórios de cerâmica plástica, também inova em materiais. Tem colar que leva um revestimento de lâmina de PET, usadas geralmente para revestir móveis. As peças são de lâmina de bambu e um dos lados recebe o produto feito a partir desse tipo de plástico das garrafas.
A proprietária Alessandra Wagner diz que também estão dando um uso ao pó de café utilizado na fábrica. "Depois de usado, no lugar de ir para o lixo, passa por um processo de compactação, recebendo outros componentes para ficar duro", disse. O produto tem 90% de pó reciclável e exala o cheiro do café. A empresa também criou um colar com 21 cápsulas de Nespresso, como protótipo. "A aceitação foi grande e pelo menos 50% dos pedidos incluíram a peça." As sobras das cerâmicas plásticas também são reutilizadas para a confecção de acessórios. A média de preço ao consumidor dos produtos da empresa é de R$ 100.
A designer Denise Corrêa, dona da grife Donna Onça, que existe há dois anos, trabalha com bagaço de cana, lona e tecido de Pet, além de fibra de bananeira para criar bolsas e carteiras. "Uma carteira demora em média uma semana para fazer, a partir da prensagem do bagaço", afirmou.
Denise mantém parceria com a AME (Associação de Mulheres Empreendedoras de Campos de Goyatacazes), integrantes do ProArte, grupo de produção artesanal da cidade fluminense. As mulheres produzem ainda carteiras a partir de filtro de café usado e bijuterias também com o bagaço de cana.
Fonte: Terra
12 de julho de 2010 às 16:19
boa noite sou artesa gostaria muito de aprender esse artesanato com bagaço de cana se puder me ajudar agradeço
Doraci Pulini