No dia 24 de junho, a Alumni (entidade binacional destinada a promover a integração entre o Brasil e os Estados Unidos por meio de programas de ensino, cultura e responsabilidade social), dá continuidade ao ciclo Contemporary Boutique com um debate sobre “Moda sustentável e consumo consciente”.
O conceito que fez nascer técnicas para o desenvolvimento de tecidos amigos da natureza será discutido pelas debatedoras Nina Braga (foto 2), que dirige o Instituto-e, e Ana Cândida (foto 1), presidente do Instituto Ecotece, abordando as inovações da indústria têxtil em relação à moda sustentável e a adesão de estilistas brasileiros a este movimento para minimizar os danos ao meio ambiente. A mediação será de Glaúcia d`Olim Marote Ferro, diretora Acadêmica da Alumni.
O café com bate-papo acontecerá às 19h30 e o debate das 20h às 22h. O evento será no Centro Cultural Alumni – Rua Brasiliense, 65, Chácara Santo Antônio - SP. As vagas são limitadas. A inscrição é e pode ser feita pelo telefone (11) 5644-9733 ou pelo e-mail cultural@alumni.org.br. Quem quiser colaborar com o GAS (Grupo Alumni de Solidariedade) pode levar 1 kg de alimento não-perecível para doação.
Ciclo Alumni Contemporary Boutique “Moda sustentável e consumo consciente”: www.alumni.org.br
17 de março de 2009 às 19:55
Consumo inteligente
O não consumir fashion.
Como designer (estilista, criadora, pesquisadora, ou qualquer outra designação) deparei-me com a tal situação de crise, e com o paradigma de inventar o que não é para ser consumido.
O que criar para aqueles que não querem ser “fashion victims” ou para aqueles que são, mas querem ser conscientes?
No momento em que as embalagens vai e vem viraram it obrigatórios, o que colocar dentro delas?
A moda também quer resgatar o “tempo”. Uma carta virou elemento de inspiração, poder escrevê-la, faz dela algo muito mais precioso. Um abraço ao vivo mais do que abs no final de um correio eletrônico, assim como um tea às cinco, no meio da semana, puro sonho de consumo.
Resgatar os valores, valorizar o tempo e as simples coisas da vida. Com essa idéia, como tema, inventar quem sabe um novo espelho, menos crítico, exigente e consciente, que não “mostrasse” o tempo, que permitisse um cabelo molhado, uma regata meio amassada, um velho jeans rasgado e desbotado (voltou a ser moda) e nós pés, mesmo sem a sola vermelha de um Louboutin, uma vontade de bater perna, nem que seja só pra dar uma olhadinha.
No momento em que tudo é permitido, o importante mesmo é se permitir, nem que isso signifique até não consumir, e quem sabe ser fashion, sempre, mas nem de longe, victim.